segunda-feira, 1 de junho de 2009

DE AMIGOS E ÍDOLOS



Essa historia exige um Flash Back (não o do ácido, mas exige uma volta no tempo).
1970 - Novembro..... Tinha 10 anos quando vi o Opala 84 rasgando a Curva 3, começando a alça da Curva do Laço, depois fazendo a Tala Larga....fiquei arrepiado. Tamanha emoção, pra um garoto que acompanhava o ídolo pelas Revista 4 Rodas e Auto Esporte.
Depois acompanhei não só o Opala (o mais bonito que já vi), mas o ídolo Pedro Victor De Lamare. Carreira prodigiosa, que pude acompanhar... De 70 a 73 foram 3 campeonatos com o Opala 84, depois várias outras vitorias, uma carreira vitoriosa na Europa. (ia esquecendo, depois o Opala virou amarelo, por conta do patrocínio. E o mais legal, é que nessa época já corria de autorama na Hobby no centro de Porto Alegre, e depois na Rodal, onde consegui meu primeiro motor sebring, e é claro, meu Opala amarelo).
Mas estou aqui pra falar do homem, da pessoa.
A pessoa de Pedro Victor de Lamare, conheci em 1996, primeiro como o ídolo do garoto, e aí como colega de trabalho.
Foram alguns anos de convivência esporádica, pois Pedro atuava em Uruguaiana e eu em Porto Alegre.
2009 - Passaram-se 29 anos, e tive o privilegio de encontrar no Leilão da Catanduva, e depois em Bagé (sempre rapidamente). E nessa segunda-feira recebo um telefonema logo cedo, perguntando se não gostaria de voltar a Porto Alegre com o Pedro. que alegria. Aquele garoto de 10 anos que correu pra cerca do Tala Larga a 29 anos atrás, saltou da cama com um sorriso (imagino como era pois não estava me olhando, mas sentia que minha alma tinha a mesma alegria de quando vi aquele Opala nº 84, rasgando a pista de Tarumã.)
Foi uma das viagens mais agradáveis que fiz nos últimos tempos (e olha ....eu viajo).
Poder estar com o Pedro Victor, desfrutar da sua companhia e constatar, que aos 72 anos, ainda permanece o mesmo Cavalheiro, a mesma educação, a mesma fidalguia, e a mesma alma inquieta....
E numa das curvas da estrada ao beliscar o freio do 307, e baixar a velocidade para 170Km/h, Pedro Victor num sorriso discreto e o mesmo brilho nos olhos de antes, me disse: Se fosse mais jovem, não beliscava o freio nessa curva....
Pedro Victor, pra mim é um privilégio poder privar da sua companhia.
O ídolo de 30 anos atrás, continua vivo, e o homem de 30 anos atrás também segue com o mesmo olhar e a mesma alma inquieta.
Muito obrigado pela companhia.....

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