quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ANO TEM VENCIMENTO?

Olha....
vou dizer uma coisa. Ano tem vencimento sim!
Mas acho que ele não vence em 31 de Dezembro. O ano vence antes, no meio de Dezembro, porque a partir dai..... já era.
E o pior é que o Ano, é igual aos outros produtos que consumimos..... IGUAL.
Isso mesmo, com suas variações todo Ano é igual aos outros.
Os políticos continuam os mesmos safados, o descaso com a saúde pública continua a mesma. Os ricos infratores continuam soltos e os pobres mesmo sem condenação seguem presos.
Os traficantes e os drogados cada vez em maioria.
Pessoas nascem, pessoas morrem no transito, nas filas de hospitais dentro e fora deles.
O que muda na verdade, é o espírito de alguns poucos altruístas que vão modificando o Ano, no Detalhe.
Isso mesmo. No Detalhe.....
Uma ação aqui, outra ação ali e vamos mudando a borda do Ano.
Ai aparecem Médicos que não se contentam em tentar curar as doenças..... se preocupam em criar um ambiente menos severo no ambiente hospitalar para trazer algum alento (Ex. Dr. Ricardo Kroef - que em menos de um Ano construiu o Centro de Convivência do hospital Santa Rita). De um Certo Don Cássio Selaimen que de suas mãos de ortodontista, crias obras de arte a partir do Aço, traduzidas em maravilhosas facas.
De Papai Noéis anonimos, que buscam nos correios as esperançosas cartas de crianças que nada tem além do sonho da existência desse Bom velhinho. De almas caridosas que atendem desamparados em varias instituições.
Do Pão do Pobres, De Santa Zitas, De Meninos Jesus de Praga, de Asilos de Velhinhos e outros tantos.
Assim talvez conseguimos um Ano diferente, com mais alento.
Com mais anônimos fazendo a diferença.
Aos que me lêem desejo sinceramente que que deixem florecer algum desses reflexos anônimos em seus corações. Que a Luz que pessoas como Dr. Tita e Don Cássio, possam tocar em alguma parte do solo fertil de vossos corações. que as ações dessas entidades possam regar esse solo e, talvez então renasça nesses corações a REAL DIFERENÇA DO ANO QUE AGORA VEM.
Vamos deixar mais inquietas nossas mentes.
Feliz 2010



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MURO DE BERLIM - SERÁ QUE ELE REALMENTE CAIU?


13 Agosto de 1931. A Alemanha acorda com ruídos estranhos. É o início da construção do Muro que dividiria primeiro a Alemanha, e a seguir o Mundo.
9 de Novembro de 1989, cai o Muro de Berlim. Mas o 9 de novembro significa muito mais para a Alemanha.
Vejamos. 9 de Novembro de 1918 - É Proclamada a República da Alemanha. - ¨"A monarquia, essa coisa velha e podre, desmoronou-se. Viva o novo, viva a República alemã!" - disse o Social-Democrata Philipp Scheidemann. Depois veio, 9 de Novembro de 1923 - os nacional-socialista fazem uma passeata no centro da capital Bávara (sem sucesso). A Frente, um desconhecido (Adolf Hitler).
9 de Novembro de 1938 (antes do inicio da II Guerra) Sinagogas foram incendiadas, lojas de judeus saqueadas em toda a Alemanha, ficou conhecido como a Noite dos Cristais. 100 judeus mortos e mais de 26 mil enviados a campos de concentração. (E pasmem, a II Guerra ainda não havia iniciado).
9 de Novembro de 1989. - Cai o Muro de Berlim. (Não vou me reter nos detalhes dos outros 9 de Novembro na vida dos Alemães).
vinte anos se passaram. Uma tentativa de libertar o mundo da intolerância, da divisão obrigatória do pensamento (em vez do livre pensar).
O que era pra ser o fim da guerra fria, se tornou numa guerra morna, que se bem observada, ainda tem sementes germinando por esse mundo afora. Ditaduras travestidas de Democracias vão se formando pelas Américas , pela África e por esse mundo afora.
Tudo o que o mundo observou no Muro (66 Km de grades - 302 Torres de observação - 127 redes metálicas eletrificadas e 255 pistas para os cães ferozes dos Alemães Orientais). 80 mortos - 112 feridos e milhares presos, são números para se guardar). E os números que não pudemos contar? Quantas famílias divididas? Quantos sonhos separados? Quantos anos de sofrimentos dos dois lados de uma mesma Alemanha?
E fora dessas Alemanhas? Quantas pessoas sofreram e se frustraram pela existência do Muro?
A guerra fria. O medo eminente do ser Humano ter opinião?
Não pensem que isso acabou. Que os muros caíram nas mentes dos Ditadores pelo Mundo.
Temos vários muros construídos nas mentes de Venezuelanos, Nicaraguenses, Colombianos, Africanos de todas as nacionalidades (Angola, Moçambique, Somália, entre tantas outras), Iranianos, Turcos. O Paquistão. Os Muros dos Aitolás, Coréia do Norte. O Muro na fronteira do Mexico com os EUA, o Muro na Cisjordânia.
Não pensem que os muros da incompreensão caíram. Não caíram não.
E Esses muros não são somente políticos. São sociais, com todas as minorias cercadas em seus ¨guetos¨. Negros, pobres, gays, e outros tantos que vivem cercados pelos muros da intolerância.
Queria poder derrubar esses Muros.
Viver num mundo de iguais.
Vou derrubando os meus. Derrubem os seus também, e quem sabe um dia, Os Muros vão realmente cair.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CPI DO MST e A NOVA LEI DOS TRANSPLANTES

Sem duvida é pouco. É muito pequena essa vitoria que o povo brasileiro conseguiu ontem no final da noite.
Parlamentares da oposição conseguiram aprovar as 23:59h, a COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUÉRITO do CAMPO (leia-se CPI do MST). As 23:59h, porque as 23:58h os governistas (sim governistas é o nome correto pois poderíamos dizer brasileiros, mas não podemos), conseguiram retirar 23 assinaturas, o que inviabilizaria a abertura da comissão. Mas um minuto depois (isso mesmo, parece futebol.....) a bancada ruralista conseguiu apresentar mais 50 assinaturas, e o requerimento foi aprovado.
Sem duvida foi uma grande vitória da Presidente da CNA, Kátia Abreu, de Ronaldo Caiado e do gaúcho Onix lorenzoni, que estiveram todo o tempo da frente dessa acirrada batalha para conseguir as assinaturas.
O comando da CPI, que vai investigar o financiamento com verbas publicas (isso mesmo... o seu dinheiro), as ações do MST.
Fica uma pergunta: Como uma entidade não registrada (que portanto não existe, não pode ser porcessada, não pode ser julgada, não pode ser condenada a nada - porque não existe). Consegue milhões de reais do seu dinheiro?
A CPÌ vai investigar também, desvios de verbas publicas para financiar invasões a Órgãos Públicos e propriedades produtivas.
Sabemos que o comando da CPI vai ficar com o governo, que vai tentar inviabilizar qualquer avanço.... Mas estamos atentos e vamos em frente.
É o começo.... mas se ficarmos atentos, vai ter meio e fim.
Minha parte prometo que vou fazer.....
Na proxima semana, vou listar os que retiraram suas assinaturas as 23:58h.... para sabermos quem tem perna mole ou rabo preso. (só não listo agora... porque estou saindo em viagem para UruguaYork -como dizem os Uruguaianenses).

E essa nova lei dos transplantes..... Complicada essa posição do governo.
De um lado, temos a possibilidade de diminuir o sofrimento das crianças (que por sua condição frágil nos sensibiliza muito mais). Priorizar o transplante a esses pequenos seres deve com certeza estar levando um alento a pais e mães que morrem junto com os filhos ao ver o sofrimento de seus pequenos tesouros.
A possibilidade de aumentar a espectativa de vida dessas crianças, parece por si só avalizar a decisão do governo.
Por outro lado, não estaremos condenando os velhos? (Sei que deveria dizer idosos, mas com essa decisão o próprio governo os chama de velhos - descartáveis).
quantos velhos poderiam que se recebessem um transplante poderiam salvar milhares de crianças? (sei que essas crianças que receberem esse transplante também poderão no futuro salvar milhares de idosos).
Acredito na boa vontade do Ministro Temporão, mas essa nova lei não deveria se basear em questões Biomédicas?
Será que não ficaria mais claro para pais, familiares e doentes que precisam de tranplantes saber que sua vida dependia somente de questões Biomédicas e não da idade que possuem?
Qual alento terá um idoso que precisa de transplante, ou não vamos tão longe.....
Qual alento terá um jovem de 20 anos, saber que vai para o final da fila, somente porque tem 20 anos?
Biomédica e boas praticas deveriam ser avaliadas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

OBAMA E O NOBEL DA PAZ - Yes We Can


O Presidente dos EUA, Barack Obama é o Premio Nobel da PAz de 2009.
Apesar da controvérsia de que pouco ou muito fez pela Paz, nesses 9 meses de mandato, acho que foi um Sinalizador.
Sim um Sinalizador, de que ao contrário de seu antecessor, seu norte é de cooperação entre os povos.
Se o ¨outro¨, o maluco ¨senhor da guerra¨, fez dos Estados Unidos a arma de guerra mais moderna de todos os tempos. Continua matando seus filhos no Iraque. (essa o Obama ainda não conseguiu resolver).
Os esforços por olhar pela Paz mundial, mostram a tendência desse governante em buscar a Paz entre os Povos.
O legal é que Obama, se junta a um grupo fantástico de pessoas, que tentaram fazer um Mundo melhor.
Yes we Can
Abaixo os ultimos ganhadores do Nobel da Paz


2008:

Martti Ahtisaari - Ex Presidente da Finlândia - Foi premiado por seus importantes esforços em vários continentes e por 3 décadas, por sua luta na mediação de conflitos internacionais.

2007:

O Prêmio Nobel da Paz 2007 foi dividido entre o Vice-Presidente Al Gore e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), por seus esforços em consolidar e disseminar um maior conhecimento sobre as alterações climáticas provocadas pela atividade humana, e para criar as condições necessárias para enfrentar essas mudanças.

2006:

O Prêmio Nobel 2006 foi para Muhammad Yunus e o Grameen Bank. Em seu pronunciamento, o Comitê Nobel afirma que “o Prêmio Nobel 2006 será dividido em duas partes iguais entre Muhammad Yunus e o Grameen Bank por seus esforços para criar, do zero, desenvolvimento econômico e social. A paz duradoura não pode ser alcançada sem que grandes grupos populacionais encontrem formas de sair da miséria. Microcrédito é uma delas. Criar desenvolvimento também significa um avanço na democracia e nos direitos humanos.”

2005:

Dividido entre a Agência Internacional de Energia Atômica e seu Diretor General, Mohamed El Baradei, por seus esforços em preventir que energia nuclear seja usada para fins militares e para assegurar que a energia nuclear para propóstos pacíficos seja usada da forma mais segura possível.

2004:
A Wangari Muta Maatai de Kenya recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua contribução a democracia, paz e desenvolvimento sustentável

2003:
A advogada iraniana Shirin Ebadi tem o seu trabalho especialmente focado no esforço pelos direitos das mulheres e das crianças, e ganhou o Prêmio por seu trabalho em prol da democracia e dos direitos humanos.

2002:
O ex-presidente americano, Jimmy Carter, recebeu o Prêmio por décadas de esforço incansável para encontrar soluções pacíficas em conflitos internacionais, impulsionar o avanço da democracia e dos direitos humanos, e promover o desenvolvimento econômico e social a nível mundial.

2001:
As Nações Unidas e seu Secretário Geral, Kofi Annan, dividem o Prêmio pelo trabalho por um mundo mais organizado e pacífico.

2000:
O Prêmio foi concedido ao Presidente sul-coreano Kim Dae-jung, por sua política de conciliação, batizada de "Política do Brilho do Sol", impulsionando o contato e a cooperação com a Coréia do Norte, e também por seu engajamento de muito tempo em prol dos direitos humanos na Coréia do Sul e em outras partes do mundo.

1999:
O Prêmio foi concedido a organização Médicos Sem Fronteiras pelos esforço humanitário pioneiro em diversos continentes.

1998:
O Comitê Norueguês de Nobel honrou os líderes da Irlanda do Norte, John Hume e David Trimble. Com o Acordo da Sexta-Feira Santa nesse ano, os principais partidos do longo conflito concordavam com os princípios da resolução, embora pudesse levar anos antes para que o acordo fosse inteiramente executado.

1997:
A campanha internacional pela eliminação de minas terrestres (ICBL) e sua coordenadora, Jody Williams, foram honradas pelo trabalho de proibição e remoção de minas terrestres antipessoais e o apoio às vítimas destas minas.

1996:
O Prêmio foi concedido aos Líderes timorenses Bispo Carlos Filipe Ximenes Belo e o Político José Ramos-Horta. A trágica situação no Timor Leste após a invasão indonesia em 1975 havia sido quase esquecida pela opinião pública internacional.

1995:
No 50° aniversário do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, o Prêmio foi concedido a Joseph Rotblate Conferências Pugwash.

1994:
O Líder Palestino Yasser Arafat, o Primeiro Ministro de Israel,Yitzhak Rabin, e Ministro israelense das Relações Exteriores,Shimon Peres, ganharam o Prêmio da Paz pela assinatura do Acordo de Oslo.

1993:
O Prêmio foi para Nelson Mandela e Frederik Willem de Klerk, África do Sul, pelo trabalho contra o regime de segregação racial e o processo de democratização do país.

1992:
Nos 500° aniversário do descobrimento das Américas, o Prêmio foi concedido a Rigoberta Menchú Tum, indígena maia, por sua campanha pelos direitos humanos, especialmente os direitos dos indígenas na Guatemala e no restante da América Latina.

1991:
O Prêmio foi concedido a Aung San Suu Kyi, líder da oposição do regime militar de Burma. O partido dela obteve vitória avassaladora na eleição de 1990, e ela, foi, então, confinada a prisão domiciliar.

1990:
O Comitê Norueguês de Nobel comemorou o fim da guerra fria concedendo o Prêmio da Paz a Mikhail Gorbachev, Presidente da União Soviética.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ENTREVISTA - AFONSO MOTTA PARA REVISTA BUREAU


Dessa vez, vou apenas transcrever a entrevista do Afonso Motta a revista Bureau.

Se querem tem uma visão decente do agronegócio, leiam essa entrevista.

Vice-Presidente do Grupo RBS de Comunicação vai se dedicar à busca de uma POLÍTICA PÚBLICA adequada ao agronegócio.

Depois de 23 anos como bem sucedido executivo do Grupo RBS, a maior empresa de comunicação do sul do país e maior das filiadas da Rede Globo, Afonso Antunes da Motta, o criador do Canal Rural, pretende se dedicar à política e contribuir para garantir meios do produtor rural ter renda e reconhecimento ainda maiores. Ele fica até 31 de dezembro no Grupo e depois segue os caminhos da política brasileira.

Advogado por formação e líder em gestão empresarial pela atuação profissional Afonso Motta é também pecuarista e produtor rural por gosto e paixão.

BUREAU-O Canal Rural é um sonho realizado e do qual tens muito orgulho. Como e porquê a decisão de seguir outros caminhos?

AFONSO Vamos lembrar um pouco o inicio. Eu era diretor jurídico no sistema bancário quando fui chamado para a RBS. E nesse tempo eu já tinha iniciado minha atividade rural no Alegrete (no RS Alegrete é sempre no masculino). Uma cidade da fronteira do Rio Grande do Sul, o maior município em extensão geográfica do estado, com uma característica de pecuária muito forte. E eu sempre me identifiquei muito com a pecuária. Sempre fui um pecuarista por gosto, por opção. Sempre gostei muito da criação de gado, toda a cadeia da produção da carne.E vim pra RBS num momento em que havia uma crítica muito forte de alguns setores gaúcho, sobre o pouco espaço dado pela mídia. Até comparando com o concorrente mais forte da empresa, que tinha um investimento importante no conteúdo rural. E eu trouxe para a RBS essa provocação, iniciamos então a trabalhar no sentido de qualificar o conteúdo rural, restrito na época a um caderno semanal no principal jornal da empresa a ZERO HORA Mas foi se ampliando e passou a ocupar os espaços mais nobres do jornal. No inicio dos anos 90 o agronegócio passava por uma falta de credibilidade muito grande, especialmente em função do endividamento, passava muito a imagem do calote. E nós começamos a pensar num modelo que qualificasse o conteúdo.

Havia muita dificuldade de fontes na época. Quem poderia repercutir bem o fato pra que a sociedade reconhecesse a contribuição do setor? Tivemos que ir em busca disso e também

trabalhar pela qualificação de jornalistas para levantarem a informação e dar a dimensão adequada. Depois passamos a trabalhar num conceito de comunidade rural, no sentido de que a produção do conteúdo de natureza segmentada deveria alcançar determinado público.Foi aí que surgiu a idéia e o projeto do Canal Rural, que foi uma grande inovação, de colocar esse conteúdo todo em uma televisão.

E de repente surgiu a idéia, mais uma vez revolucionária, de desenvolvermos o comércio dessa televisão rural pela realização de leilões. Os leilões, mais do que comércio, representaram uma inovação, até hoje são uma inovação que não existe precedente no mundo. Mas muito mais do que isso os leilões passaram a contribuir decisivamente para a imagem atual da pecuária brasileira. Da raça nelore, das raças européias, e muito em particular o cavalo crioulo, representaram uma valorização da produção extraordinária, e mais do que isso, um grande momento de um reforço dessas comunidades. E viabilizaram esse modelo de televisão. Tudo isso fez com que a RBS passasse a ser reconhecida como uma produtora de conteúdo rural.

Contou muito para esse resultado o meu papel, a minha intimidade com o setor, desde muito jovem. Não recebi nenhuma herança de terras ou rebanho sou pecuarista por opção.

Eu sempre tive a consciência do papel institucional de um veículo como o Canal Rural para um setor que é o que mais contribui para a atividade econômica e o que mais gera emprego.O Canal Rural ainda tem muitas possibilidades, mas a gente sabe que o espaço, hoje, da publicidade, dos grandes eventos, não estão no espaço de segmentação, estão nos espaços mais massificados. E a minha cabeça está com entusiasmo em dar minha contribuição de uma outra forma, me desvinculando da área de comunicação e desenvolvendo um ativismo com uma amplitude maior. Mas, acho que vou passar o resto da minha vida olhando para o Canal Rural como um filho.

BUREAU - Então veio a opção pela política?

AFONSO – A essência é procurar levar uma contribuição, procurar estruturar projetos, pensar em um conceito de gestão avançado e me somar a todos aqueles espaços que já existem. Eu não tenho nenhuma pretensão de achar que aquilo que eu vou encaminhar seja mais ou menos qualificado do que aquilo que já vem sendo apresentado como um todo.

Eu pretendo fazer um discurso diferente. E é esse discurso de fazer o setor ir ao encontro da sociedade. Se possível pela contribuição num primeiro momento de disputar a política pública.E claro que, como hoje o próprio projeto do presidente Lula é um projeto de poder, a gente tem que pensar em projeto de poder, mas não imaginar que é possível um segmento da sociedade ter o poder. Acho é um projeto de poder político, institucional, que passa pela repercussão e pela força do ser humano, com dimensão social muito forte, com ampla visão do mundo. Não pode ser o setor pelo setor.

BUREAU – Como vês o setor hoje, no Rio Grande do Sul e no Brasil?

AFONSO - Eu considero que apesar da grande evolução que tivemos, uma ampliação dos horizontes, pois hoje o que a gente produz é exportado para o mundo inteiro, eu acredito que ainda há uma precariedade de organização, de articulação. E há uma grande precariedade na visão. Porque passou todo esse tempo e não se avançou na conquista de uma política pública. E uma das causas disso é que o discurso está errado.

O discurso é muito limitado, é muito interesseiro e pega mal perante a opinião pública. Vejo que está caindo de maduro uma visão indo ao encontro da opinião pública, e não fazer discurso para nós mesmos. Esse discurso atual é defesa da propriedade pela defesa da propriedade, ele é precário na medida em que a população tem que compreender efetivamente o que é a exploração da propriedade, buscando e atendendo um interesse social. Hoje a distinção não é mais por propriedade grande ou pequena, é uma responsabilidade que todos têm de participar, a propriedade tem que produzir. Acho que o que passa muitas vezes para a opinião pública é uma defesa intransigente da sociedade, quando é o contrário. Nós, produtores, de certa forma alimentamos o que eu considero mais precário ainda que é o movimento dos sem terra. O movimento está se esgotando. Mas focado no antagonismo com os produtores consegue sobreviver. E joga um parte da sociedade contra os produtores, mesmo aquela parte que convive em municípios que são totalmente dependentes do agronegócio, onde 60 a 70% da atividade econômica se deve ao agronegócio. A segunda questão é essa, de fundo maior, que é a nossa obrigação de convencer a sociedade de que nós somos os que mais produzimos na atividade econômica, os que mais geramos empregos. Por isso é que nós temos o direito de postular uma política pública diferenciada para o setor. Na minha forma de ver o setor vai ter que se articular de uma forma que busque alianças com determinados segmentos, e tem que ter muito cuidado para não parecer que essa aliança é uma aliança conservadora, que há um desvirtuamento do setor tanto institucional como político. Porque parece que o capital está com o setor rural quando não está mais. Uma época ser proprietário de terra era ter muito capital, hoje não é mais assim. No Rio Grande do Sul ele perdeu o poder, mas continua se comportando como se tivesse, não participa da construção daquilo que hoje é o mais importante em qualquer cidade, daquilo que o Banco Mundial chama de capital social. E temos que trabalhar nesse sentido. Temos que ampliar horizontes, fazer diferente nosso marketing, sem perder claro a defesa daquilo que é importante, das nossas causas. Mas eu acho que o que dá força para a sociedade, no fundo no fundo é quem garante a política pública.

BUREAU – O que é uma política pública adequada?

AFONSO - Política pública não é só financiamento, não é só garantia de preço, não é só crédito, ela tem que ter um horizonte de inserção, a partir da vocação, para que a gente realmente apareça como um setor que contribui decisivamente no processo institucional, no processo de desenvolvimento. Eu acho que, a médio e longo prazo, não vai ter outra forma,

a atividade política está se transformando muito mais em projeto de poder do que em atividade de fundo programático. De outra parte há um fortalecimento das visões divisionistas do setor. Não há nenhuma dúvida que o fortalecimento da agricultura familiar, a criação de um ministério, que de alguma maneira tire uma fatia importante da valorização do ministério da agricultura, como o desenvolvimento agrário. Todas essas questões deveriam estar sob o mesmo escopo, que no fundo é uma política pública adequada para valorizar a produção nacional seja ela pequena, média, grande, com todas as suas repercussões, mas agora, mais do que isso é muito importante também uma política pública integrada com toda a questão do meio ambiente e sustentabilidade. São coisas que têm que estar dentro do mesmo contexto. Então toda essa visão acaba estreitando o espaço político do agronegócio.

BUREAU - És um criador de Angus. Como trabalhas a tua criação?

AFONSO – Eu tenho uma pecuária de uma dimensão grande pra nossa realidade da região. A sustentação de minha criação é um plantel de Angus, vermelho e preto. Faço a cadeia completa. No inicio pensei em ser um cabanheiro elitizado, mas acabei mudando meus planos e hoje quase 100% do que eu produzo é para atender a minha demanda de gado geral. E uso a minha produção com melhor desenvolvimento genético para isso. E estou muito satisfeito. Porque realmente o resultado é melhor e o investimento menor.

Sempre participei junto à entidade da raça e da do Cavalo Crioulo. Não tenho um plantel de vanguarda, mas um plantel que faço questão que seja bem trabalhado. E agora recentemente a diretoria da Associação Brasileira do Angus, me convidou para ser presidente do conselho dos criadores.

BUREAU – Como vês o desenvolvimento das raças européias?

AFONSO - Cada raça tem seu espaço. As raças européias não podem tem a ambição de atingir os números de quantidade de produção do Nelore, por exemplo. Mas podemos nos diferenciar pela qualidade da carne. Pela maciez, sabor, é da natureza da raça do Angus. A nossa grande referência, aqui no sul, é avançarmos até o ponto da Argentina e do Uruguai. Que são as grandes referências de carne das raças européias. A carne do Rio Grande do Sul vem conseguindo avanços na medida em que mercados muitos exigentes querem a nossa carne. Esse é o grande espaço que da carne gaúcha para se alinhar aos mercados já conquistados pela Argentina e Uruguai, esse é o nosso desafio. Temos é que lutar para conseguir preço.

BUREAU – Falando em preço, como vês o mercado da carne atualmente?

AFONSO - Nós estamos passando por uma conjuntura internacional desfavorável diante do que vinha se apresentando. Mas, se formos olhar o movimento que a pecuária brasileira fez nos últimos cinco anos é extraordinário. Muito se deve ao trabalho do ex-ministro Pratini de Moraes que, na ABIEC, conseguiu abrir mercado em mais de 150 países e conseguiu uma condição excepcional para a carne brasileira. A crise internacional fez com que alguns grandes compradores deixassem de adquirir os volumes anteriores.

Mas as questões climáticas da Argentina, Uruguai, Nova Zelândia, Austrália está com problemas, nos favorecem. Porque o boi brasileiro é criado a pasto, essa é uma grande vantagem. E olha que sempre tivemos algumas dificuldades sanitárias pela falta de conscientização de alguns produtores, mas estamos avançando. Já se alastra uma consciência sobre a importância fundamental da sanidade, a grande discussão sobre a rastreabilidade, que é uma questão relevante, o combate ao abigeato. Então, acho que têm avanços, deve haver uma procura continuada. Mas a lógica é um aumento na demanda de carne. A crise também está trazendo um aperto muito grande para as industrias. Elas tinham feito projeções e hoje estão com dificuldades. Isso tudo está relacionado. Desemprego, consumo, industria, preços internacionais. Mas, acredito que deve haver uma recomposição e que a carne deve ser um produto de grande procura nos próximos anos.

BUREAU – Falaste em crise. A gente sabe que na economia elas são cíclicas. Nossos produtores rurais sabem administrar em épocas de crises?

AFONSO - O produtor rural está avançando em dois aspectos importantes que ajudam muito. Mas ainda há muita coisa para avançar.O primeiro é a utilização adequada da informação.Teoricamente ninguém deveria se surpreender muito com essa estiagem que está acontecendo aqui no sul do país. Teoricamente. Agora, se as pessoas acreditaram ou não, se houve precaução na dimensão exata para minimizar as perdas, talvez não tenha havido.E a segunda, questão importante, é a questão dos preços, das cotações, de se manter atualizado de forma permanente, com fornecedores e clientes, esse banco de informações atualizado acho que ajuda bastante e mudou bastante.

E outra questão é o uso da tecnologia. Tanto a campo como também na retaguarda como consolidação de custos e como vantagem competitiva na concorrência normal, nos vários segmentos do agronegócio.

BUREAU - Endividamento e falta de renda ainda são problemas cruciais?

AFONSO - O que falta para resolver é a questão da política pública, O que realmente não conseguimos é uma política pública que dê uma segurança mínima. Passa por seguro rural, crédito, critérios com relação a financiamento e a pagamento de dívidas, preços mínimos, preços de insumos, a questão da formação e educação do trabalhador rural, exoneração tributária. Todas essas questões. O trabalhador rural está agindo mais por impulso interesse a interesse, safra a safra.

BUREAU - A política pública para o setor rural é tua grande bandeira. Que política pública propões?

AFONSO – Eu diria que pode ser dividida em tópicos.

1- que garanta uma mobilização permanente do setor, não para reivindicar mas para valorizar, para celebrar, acho que é muito relacionado com a valorização das iniciativas do setor, tanto os que trabalham no meio como os que produzem, os titulares da produção.

2- está faltando uma visão estratégica do que é uma política pública que estimule pensar o futuro. Depois colocar em discussão uma pauta que passa pela política de procedimentos, insumos, seguros, enfim que garantam a questão da renda. Depois questões relacionadas com estímulo, incentivo. É claro já temos muitas coisas boas como a Embrapa, Emater, mas acho que deveria ter, deveríamos ampliar essas entidades de fomento. O processo educacional, de formação também é muito importante.

3- realmente transformar o Ministério da Agricultura num ministério de vanguarda. Poderia ser o grande facilitador e grande executor de uma política pública e ele é hoje totalmente desvirtuado. Primeiro o processo de escolha do ministro, não é um processo de escolha por identidade, ou por vocação, faz parte de um partilhamento político e não atende minimamente as ambições do setor, até essa desmistificação em relação ao pequeno, ao grande, ao médio, esse estímulo ao antagonismo. Uma política de quem busca a terra mais para fins ideológicos, políticos do que para produção.

Acredito que tem espaço para uma bela construção. Mas, ninguém pode achar que é o dono da verdade, isso tem que ser um debate precisa ser uma construção. Como tudo hoje para dar certo no mundo.

BUREAU – E o que se vê nesse momento?

AFONSO - O que se vê no mundo nesse momento é que a política é, e continua sendo, a coisa mais importante. Porque se o mundo inteiro está dependendo do estado intervir na atividade econômica para salvar segmentos inteiros, não tem nada mais importante do que a política pública nesse momento Agora, a gente tem certeza que o modelo proposto não vingou e nem vai vingar. Então muito mais importância assume a escolha de pessoas que possam contribuir nesse cenário específico, onde a política pública é fundamental em nome do interesse público.

BUREAU – E o futuro próximo?

AFONSO -Vai haver uma outra discussão. Depois da crise vai se fazer uma discussão sobre o modelo de estado, da nova ordem. O nosso setor vai ser valorizado para isso, porque tem uma estrutura mais tangível. Porque a gente lida com a terra, é produtor de carne, de alimento.A nossa estrutura econômica é mais viável em uma outra concepção de economia.Tanto é assim que se a gente andar pelas regiões produtoras hoje as questões mais relevantes são a questão do clima, do financiamento. A nossa atividade econômica tem grande vigor.A política pública com relação a soja , por exemplo, é uma coisa positiva. Não atende os mínimos, mas como o mercado está valorizando a soja com um preço super competitivo esta atividade está gerando renda para o produtor, agora, qual é o problema? O problema é que aqui. por exemplo, com a estiagem não estamos colhendo o que deveríamos colher. Mas, acredito que depois da crise o setor rural vai sair fortalecido.

BUREAU – A gente percebe que esse assunto te entusiasma muito!

AFONSO - E é exatamente isso que me motiva de participar da política. Eu pretendo participar tentando contribuir, principalmente na minha região de atuação, mas claro que com essa visão de recuperar um discurso de valorizar a contribuição mais ampla do setor, e menos específica e estimular uma participação do setor em uma disputa pela política pública. Hoje já tem essa disputa, e a gente não está se dando conta. E aqueles que reagem à vocação natural, eles tem outros projetos, para essas áreas mais direcionadas para a vocação, realmente eles pensam em colonização, em uma industrialização fora da vocação, pensam em instrumentalização de setores vocacionados através da política de distribuição de ajudas, tipo bolsa família, distribuição de casas, tudo isso não deixa de ser uma instrumentalização política para desvincular, principalmente os que mais precisam da política pública, que são os mais humildes. Aqui tem um trabalho para a gente construir, uma legitimação pra gente ocupar esse espaço.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

WOODSTOCK - 40 ANOS

Eu era garoto, tinha 9 anos. Mas esse acontecimento refletiu profundamente na minha vida. No inicio, lá pelos meus 14 ou 15 anos, acho que foi a musica de Jimi Hendrix, Joan Baez, Janis Joplin, Grateful Dead, Crosby, Stills, Nash & Young, o albino Jonny Winter, Santana, The Who, Jefferson Airplane e outros tantos. Depois vieram as roupas, o estilo, o baseado, e a idéia foi se plantando.
Power flower, Paz e Amor, Natureza, Não a guerra..... Perceberam? (Putz.... Não perceberam!)
Esse festival de 3 dias, que virou um caos, com mais de 400 mil pessoas, numa fazenda na cidade de Bethel (interior do Estado de Nova York,) desencadeou um processo mental, primeiro radical de contra-cultura, que depois..... passados 40 anos, floresce como um hiato de reflexão..... de que a Paz é mais importante que o resto. Que a solidariedade é mais importante que tudo. E que o AMOR, este e somente este tem o poder de melhorar o mundo. A NATUREZA que hoje ganha o respeito das minorias, era cativado e adotado pelo hyppies de Woodstock.
Max Yasgur (proprietário da Fazenda onde se realizou o concerto) disse: - ¨Com todas as possibilidades de tumulto, roubo, desastre e catástrofe, meio milhão de pessoas passaram três dias com música e paz em suas mentes. Se nos juntarmos a elas, podemos mudar as adversidades que são os problemas da América hoje e transformá-las em um futuro mais brilhante e mais pacífico¨.
Se trouxermos para os dias de hoje o que Yasgur disse, talvez conseguíssemos primeiro traduzir esse sentimento, e segundo, fazer um mundo melhor.
Fazem 40 anos, mas ao mesmo tempo em que parece tão distante da realidade, da loucura, das guerras, do desamor que vivemos hoje, parece tão perto do sonho de um mundo melhor.
Woodstock marcou profundamente em meu coração. E no seu?
E se marcou de alguma forma, deixe aflorar de sua mente o que disse Yasgur, e vamos tranformar esse mundo num lugar mais brilhante e mais pacífico.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O CRACK e a ADICÇÃO


Muito boa essa Campanha da RBS contra o CRACK.
Por ter filhos pré-adolescentes, casa, carro (ou seja viver numa cidade como Porto Alegre), me fez refletir e pesquisar um pouco sobre esse tema.
Até o aparecimento dessa fábrica de Zumbis que é o Crack, nossas cidades conviviam com as outras drogas (alcool, maconha, cocaína, ecstasy - o tal docinho). Essas drogas eram (e são utilizadas) por pessoas sadias e por
adictos.
a.dic.to (adj (lat addictu) 1 Adjunto, adstrito, dependente, submetido. 2 Aquele que usa uma droga habitualmente e tem por ela uma ânsia incontrolável que se torna um hábito mórbido: Afeiçoado, dedicado. smOs adictos da maconha. Cf adito.)
Adicção é uma doença como a própria origem da palavra determina (acima). Catalogada na OMS, essa doença só é detectada quando o usuário de droga, que até então era um usuário social (como dizem os hipócritas) não consegue mais separar a hora e a importância da droga na sua vida.
e
Então na verdade o jovem, ou o adulto que usa alguma droga socialmente, começa a se diferenciar em seu comportamento em relação o padrão social (na familia, no trabalho, enttre os amigos, enfim.... começam a mudar). Os usuários nessa situação, passam a viver o dilema entre serem sem-vergonha (por estar ficando a margem dos padrões), ou se são pessoas doentes.
A adicção nao tem cura, mas pode ser controlada, com terapias, AA, NA, Compulsivos Anônimos e outras formas).
Agora, a fábrica de Zumbis, que é o crack, tem um perfil diferente. O usuário, não precisa ser adicto, nem um sem-vergonha desajustado (quando eu digo sem vergonha, me refiro diretamente a pessoa que usa as drogas de forma não social e prejudica sua vida e a dos outros que estão próximos a ele).
O poder destruidor dessa droga, sua potência destruidora e de dependência vai muito além de qualquer outra postura social ou doença. ela é uma armadilha mortal, que torna dependente seu usuário de forma rápida e quase permanente (se não for tratado muito no início).
A letalidade dessa droga, depende apenas do contato do usuário com ela por poucas vezes.
Então senhores pais, irmãos ou seres sociais que vivem em comunidade: - O exército de Zumbis esta aumentando em forma geométrica a vai atingir você. De alguma forma. Ou seu filho, seu irmão, seu paí ou mãe (independente de classe social). E vai atingir por seu proximo começar usar essa droga letal, ou serão agredidos, roubados ou mortos por esse exército de Zumbis, a procura de seu sangue, ou de seus centavos, ou da maçaneta da sua porta para comprar a próxima pedra.
CRACK NEM PENSAR.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

J RICARDO NUM PAREO DECISIVO


J RICARDO, o homem mais importante do turfe brasileiro (sim porque sem ele, o turfe seria muito pouco ou nada) vai parar. Temporariamente, mas vai parar. J Ricardo ou Ricardinho, como também é conhecido no mundo do turfe, e no esporte brasileiro, é sem duvida um dos mais vitoriosos esportistas brasileiros. São 10.569 vitórias (isso mesmo Dez mil quinhentas e sessenta e nove vitórias), o segundo jockey na história do turfe mundial é J Ricardo. Alguns o chamam merecidamente de Jorge ¨Everest¨ Ricardo. Jorge Ricardo montou com verdadeiros mestres das rédeas, tais como Gonçalino Feijó de Almeida, Juvenal Machado Silva, Gabriel Menezes,Francisco Pereira Filho, José Queiroz , Adail Oliveira, e absorveu o que havia de melhor em cada uma dessas estrelas da Gávea. Tudo isso fez de J Ricardo um jockey de tecnica apurada e um traçado invejavél na pista. Existe um ditado muito popular no turfe que diz: O grande jockey não é aquele que dá pernas para o cavalo, mas aquele que não as tira. J. Ricardo se afasta temporariamente das pistas, para correr esse dificil páreo contra um linfoma. Ricardinho, estamos na arquibancada, todos no fotochart, com a certeza que neste páreo onde voce é cavalo e cavaleiro, nao vai perder as patas, e a vitória 10.570 vai ser com muitos corpos de vantagem.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

DE VOLTA AO CASTELO e ESSA TETA EU NÃO LARGO

Podia muito bem ser o titulo de dois contos infantis. Mas não é. Essa é a realidade politica, reflexo do corporativismo no nosso país. ( corporativismo - cor.po.ra.ti.vis.mo: sm (corporativo+ismo) Sistema político-econômico baseado no agrupamento das classes produtoras em corporações, sob a fiscalização do Estado.).

De um lado, o Deputado-Rei, volta ao Castelo. Como Centurião, e pelos Centuriões da Pátria, Edmar Moreira (DEM_MG), defendido pelo Centurião Sérgio Moraes (aquele do me lixando... lembram?), o Deputado Rei (dono do Castelo de R$ 25 Milhões), foi absolvido pela Comissão de Ética do Senado. Putz..... que raio de ética é essa? Caraca... vou apelar pro Michaelis de novo, porque parece que ninguém mais sabe o que quer dizer as palavras: (
ética é.ti.ca: sf (gr ethiké) 1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia. 3 Med Febre lenta e contínua que acompanha doenças cronicas. É. social: parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade).
Bem, a pena ao Deputado-Rei, será absolvido completamente, ou receberá uma pena tipo, não pode fala no plenário por 60 dias.... (férias Deputado-Rei..kkkkkkkkk).
Do outro lado, o Presidente-Dono do Senado, José Sarney, esqueceu de Declarar a casa de mais de 4 Milhões de Reais. (erro técnico segundo sua turma). Talvez por esse esquecimento, a equipe de Segurança do Sarney deu um pau no Gentili, do CQC ( ta certo que o cara é pesado, mas perai...) Acreditar que o neto conquistou as parcerias com os Bancos (entidades que mais faturaram nesses últimos anos - vale lembrar), por competência, não por sobrenome, também não e a fácil. E a ultima novidade é que o Mordomo da Roseane, tem Mordomo..... (também com um salário de R$ 12 mil por mês, dá pra ter mordomo).
E o PT, virou sanfona..... vai e vem na costura pelo poder....
As vezes tenho pena do Pedro Simon, que quando deita a noite..deve pensar: - onde fui amarrar meu burro?
Pra completar tudo isso.... Grêmio e Inter, fizeram exatamente igual..... nadaram, nadaram e morreram na praia.
Ao menos com isso tive uma vitória: Minha filha Ana Paula (8 anos) até então Colorada, me disse ontem: - Pai acho que vou virar Gremista mesmo... o Grêmio tem muito mais garra...e eu acho que só gostava do vermelho(da cor vermelha).
Bem vinda minha filha.... acho que vai sofrer um pouco menos.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A PANTERA E MENINO DO HARLEM


Qual jovem a mais tempo (como eu, beirando os 50) não teve no seu imaginário adolescente a presença de Jill Munroe?
Não se lembram? Vou ajudar: - Era uma vez 3 panterinhas que entraram para a polícia......
Ainda não? Vamos mais então.... : - Bolslei....? Ainda não? Charlie? Agora sim..... Tenho certeza que agora se lembram, daquelas Panteras gostosas, que habitavam a mente dos garotos cheio de espinhas no rosto(confesso que não tinha tantas espinhas, mas meu corpo estava naquela maluca transformação da puberdade).
Não lembra daquele quinteto do Harlem? Jackson Five? Esses vocês lembram fácil.
Então... Ontem o imaginário de milhões de pessoas no mundo sofreu um desfalque, uma grande perda.
Perdemos a pantera que lutava contra um câncer (e esse nem Charlie conseguiu evitar), e talvez o maior ídolo da musica POP.

Não sei se o resultado da carreira de Michael era previsível, afinal um garoto de 5 anos, sair do Harlem e virar no maior vendedor de discos da história da humanidade não deve ser tarefa fácil.
Não abro mão do lugar do Elvis (muitos críticos já o fizeram) para elevar ao ponto máximo esse menino, dono da Terra do Nunca e das musicas dos Beatles.
Não vou falar da vida particular do homem, quero somente registrar, provocar nos leitores um rápido exercício da trajetória, da dança, da voz, dos vídeos.... de tudo que esse menino (que nunca quis sair da Terra do Nunca), conseguiu entregar ao mundo na forma da sua arte.
As trocas de cor da pele, de nariz, as transformações, possivelmente faziam parte da insessante tentativa de permanecer na Terra do Nunca.
Não adianta, não existe Peter Pan, sem Sininho. talvez ai tenha estado o motivo de tudo.
Ontem perdemos 2 estrelas. De grandezas diferentes, mas que para meu imaginário são esplendorosas.
Não sei como é avida depois da morte, mas se vale a poesia e o sonho....
A Terra do Nunca, vai receber seu Peter Pan (Black or Whyte), com a segurança da nossa Panterinha.