segunda-feira, 13 de junho de 2011

Museus aos Domingos!

Minha filha Ana Paula (10 aninhos) vinha a tempos me cobrando uma visita aos Museus de Porto Alegre. Sua primeira escolha era o Margs.
Acho um privilégio ter uma filha que aos 10 anos lê com a intensidade de um adulto, e me incomoda para ir a Museus. (sem deixar de lado sua infância tão colorida. ela segue nos escoteiros,etc,etc).
Mas voltemos aos Museus.
Como voltei de viagem no sábado, marcamos para domingo logo após a missa.
ela convidou uma amiguinha que dormiu lá em casa para irmos todos ao Museu.
Saímos da missa e passamos em casa.
Fomos cedo para o Museu, pois na verdade a Ana Paula queria ir a mais de um Museu, se fosse possível (até o horário da Formula 1).
Minha esposa checou os horários na internet e tudo estava certo.
Surpresa 1( ou frustração 1) - O MARGS estava somente com a lancheria aberta pois estavam montando uma instalação para os próximos dias. Podiam ou colocar a programação na internet, ou ainda manter uma parte do acervo permanente para que descuidados como eu pudessem ter acesso.
quando vi o desânimo no rosto da Ana Paula, me apressei em dizer: - Sem problemas filha, Porto Alegre está cheio de museus.
Partimos rapidamente par ao Museu Julio de Castilhos, ao que ela me perguntou: - O que vamos ver por lá Pai? respondi que íamos ver um bom pedaço da história do Rio Grande.
novamente seus olhos brilharam...
no caminho pra o carro, chequei no meu Iphone os horários. tudo certo, Museu aberto. 
Surpresa 2 - (ou decepção 2) - O museu Julio de Castilhos só abre de segunda a sexta-feira.
Me apressei novamente e disse: - Vamos ao Museu de Porto Alegre - no Solar Lopo Gonçalves. Novamente a pergunta: o que vamos ver por lá? Ainda olhando o Iphone, respondi: Mais de 5 mil fotos e acervo arqueológico, ao que ela me respondeu: - tudo bem, gosto de fotos e pedações de coisas antigas.
Surpresa 3 - (ou decepção 3) - Museu fechado.
Nesse momento Ana Paula me disse: - Tudo bem pai, vamos agora pro Brique.
como uma cidade como porto alegre (sim em letras minusculas), que se diz cosmopolita não tem Museus abertos aos domingos.
Será que o acesso a essa cultura é privilégio dos que tem tempo livre durante a semana?
Será que acham que museu é somente para os Ricos?
Me senti ultrajado e triste.
Sei do privilégio que tenho de ter uma filha que se interessa por isso.
Mas e que cara ficam os pais, que com sua consciência de tentar oferecer uma formação melhor aos seus filhos, mesmo tenso seus filhos um pouco contrariados de ir a um Museu, chegam e dão de cara na porta.
Porto Alegre não merecia isso, muito menos sua comunidade.
Na volta pra casa, após o Brique, antes de chegarmos o carro, minha filha agradeceu o passeio, a companhia. Pra ela, estarmos juntos já valeu, mas ficou nela a tristeza ou a decepção de não ter conseguido ir a nenhum Museu.



terça-feira, 7 de junho de 2011

Esse frio aquece corações?

Perguntinha estranha né? Como pode o frio aquecer algo?
Aquece ou entristece?
Acho que entristece todo esse povo que vive nas ruas.
Que já perderam tudo. Perdem agora o calor. já haviam perdido o calor humano, mas restava-lhes ainda o calor do sol, o clima menos rude.
Tão pouco se pode esperar de quem nada mais tem a dar.
Mas os outros corações? Os que tem os corpos aquecidos não só pelas lãs e peles, pelas lareiras e aquecimentos.
Aqueles que tem seus corações aquecidos de afeto, de amor, como respondem a esse frio?
Como reagem os que tem, diante dos que nada tem?
Quase sempre com superioridade, com o poder adquirido do ter.
Esquecem a essência, o essencial.
Só então se iguala, ao que nada tem.
Pois quem tem um coração gelado quase mais nada tem a dar.

Me entristeço um pouco no inverno. fico mais introspectivo.

Gozo dos privilégios do calor. Do calor do agasalho, do bom vinho, do aquecimento da lareira, e principalmente do Amor da minha familia.
Não perdi a essência, não perdi o essencial. Mas me entristece ver a humanidade sempre voltada contra sua própria essência.
Não somos tão fraternos quanto deveríamos ser.
Por conseqüência amamosa menos, e nos tornamos frios. 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Se hay Gobierno, Soy Contra!

Agora, passado um bom tempo de vida. (cabelos brancos não vem sozinho). Hoje estou cheio de frases prontas, a começar pelo título.
Disse e o poeta que ¨Más sabe el diablo por Viejo que por el Diablo¨.
Bem, por tudo isso, começo a minha referência.
Como disse Guevara, (e eu ainda era jovem, e pasmem, da oposição), entendia um pouco o que ele dizia, pois pra mim parecia, que o importante era contestar.
Agora, na situação (acho que não sou mais PMDB. É não sou mesmo. pois fui criado, no tempo da Arena e do MDB, e era oposição.)
Cresci assim, lutando por Democracia. Participei do movimento de esquerda.
Ao lado do Dr. Omar Ferri, pichei muros contra a Ditadura, contra a prisão de Lilian Celibertti e Universindo Dias. Fui detido por estar pixando muros contra esses atos.
Agora vejo o Dr. Palocci, médico Sanitarista, com a fórmula mágica do enriquecimento. E ele não quer ensinar ninguém.
Aí vejo o governo numa guerra brutal pra  ¨Blindar¨o Ministro.
Indo contra tudo e contra todos.
Indo contra tudo que o PT lutou esses anos todos.
Que Democracia é essa que não permite um Ministro ser convocado a falar? Mostrar claramente ao seu País, o que aconteceu. qual foi o milagre.
Não.... A Democracia não pode permitir isso. Muito menos os que agora estão no Governo.
Porque agora que são situação, manobram a máquina a favor do Poder e não em favor da Democracia.
Agora entendo muito melhor Che Guevara.
Se HAY GOBIERNO, tambien soy CONTRA.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dos desencontros da vida.

Hoje ao me acordar, e depois na vinda para o escritório, fiquei pensando em meus pais. 
Meus pais já deixaram o mundo das criaturas, para viver no mundo do Criador. Ah.... essa próxima distância, essa distância próxima.
Tão perto, e mesmo assim inacessíveis nessa dimensão física.
Tão difícil tê-los, não os tendo, ou tendo sem tê-los.
Ah... esses desencontros da vida.
Quantas vezes fui protagonista desses desencontros. Tantas e quantas vezes fui o responsável. 
Impossível remediar. Possível somente é corrigir rotas futuras.
Quantas vezes promovi o desencontro, por pura escolha ou opção.
Ah.... se pudesse aquele tempo voltar, e de lá me projetasse a hoje.
Corrigiria rotas passadas, que seriam futuras...
Talvez tivesse meu coração mais abrandado dessa saudade e pedaços de culpas por tantos desencontros.
Corrigir rotas....
Isso sempre se pode fazer....